Quando e como posso discutir (impugnar) os valores da minha conta de energia?
Em alguns atendimentos, o consumidor relata que a conta de
luz começou a vir com um valor bem mais alto. Que a conta vem sendo entregue
com o consumo fatura bem acima da média de costume.
Nada impede que o consumidor faça uma reclamação junto
à concessionária de energia sustentando essa discrepância. Tampouco há
impedimento que ingresse com uma ação judicial.
No entanto, o consumidor deve ter muita cautela antes
de ingressar com uma ação judicial.
Por um lado, a concessionária pode, de fato, estar
prestando um mau serviço, e cobrando por algo que você não utiliza. O
que justificaria questionar essas contas.
Mas, e se por outro lado, houver algum problema na
instalação de sua residência que esteja dando causa a esse aumento de consumo?
Ou seja, o relógio estaria marcando corretamente.
E neste caso, a Jurisprudência é pacífica no sentido de que o
consumidor precisa arcar com o pagamento das contas. Até porque, a energia
passou pelo medidor. É o que chamamos de recuperação de consumo.
Às vezes, quando se depara com a fatura com o valor em Kwh
mais alto, a primeira coisa que vem à cabeça do consumidor é que a
concessionária de energia está cobrando algo que ele não utilizou. Que ele está
sendo indevidamente cobrado. Quanto mais se o consumidor tem consciência de que
não mudou o seu padrão de consumo, ou não tem mais pessoas residindo no imóvel,
ou não adquiriu ou passou a utilizar outro equipamento que viesse a justificar aquele
aumento de consumo.
E é nesse detalhe que pode morar o perigo, e que exige
cautela.
Imagine você ingressar com uma ação judicial questionando o
valor das contas, aguardar uma perícia que será realizada depois de meses de
proposta a ação, quando não após anos, e de repente, você se deparar com
um laudo pericial onde diz que há uma fuga de energia, e a concessionária tem
razão quanto à cobrança.
Portanto, inicialmente, o consumidor deve procurar um técnico ou engenheiro elétrico, preferencialmente, habilitado
junto à concessionária de energia, a fim de inspecionar as suas instalações,
antes mesmo de requerer uma solução administrativa e/ou judicial. Até mesmo porque, quanto mais tempo o consumidor ficar à
mercê da tramitação de uma reclamação, tenderá mais prejuízo.
É aconselhável ter a orientação e acompanhamento de um advogado desde o início.
Portanto, sempre que o consumidor se deparar com esse tipo
de situação, é aconselhável buscar a orientação de um advogado que atue
preferencialmente na área de defesa do consumidor a fim orientá-lo quanto
aos procedimentos a serem adotados desde o início.
Se for o caso de ser proposta uma ação judicial onde
pode ser necessária a contestação de faturas e a realização de uma perícia,
cada detalhe pode ser imprescindível.
Se antecipar, buscando a orientação de um advogado
logo que se deparar com o problema, pode evitar futuros aborrecimentos ou
antecipar a regularização do fornecimento de energia.
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